In Defense of Food (Em defesa da comida)

Recentemente li este livro de Michael Polland. Tem uma abordagem um tanto diferente de qualquer outro que advoga dietas e/ou recomendações de como se  alimentar de forma saudável. O tema principal é detectar o que é realmente comida entre o que se tem disponível à venda hoje em dia. O autor sugere que, se sua bisavó em um supermercado não reconher como comida, então é porque não foi “testado” no passar dos anos e, provavelmente, é uma invenção da indústria alimentícia. São geralmente ingredientes para aumentar o sabor, conservar o produto, mudar sua cor, etc. Segundo Pollan, a indústria alimentícia se aproveita daquilo que é mais fácil de produzir, mais barato e que apela para o paladar do consumidor, deixando para segundo plano o valor nutritivo do produto.

Dicas do autor:

  • Se tiver mais de 5 ingredientes – desconfie. Principalmente se entre eles houver compostos químicos impronunciáveis;
  • Se for refinado – derivado de milho e principalmente soja, também evite. Soja não é comida, mas uma base para a criação de produtos e mais produtos artificiais;
  • Ter colesterol no alimento não quer dizer que esse vai ser transferido para o sangue. Apenas pessoas com predisposição genética a essa “passagem” têm de se preocupar com isso. Muitas pessoas acabam por consumir mais quantidade de um  produto  só porque esse  possui baixa quantidade de gordura, mas no fim, acabam comendo uma quantidade total indesejável;
  • Comer de forma mais variada possível, incluindo bastante legumes e frutas – mas em POUCA quantidade no total. É aquele antigo conceito praticado por italianos, japoneses e franceses, em não se sair da mesa completamente saciado – que muitos confundem com alguma dieta especial;
  • Transformar o preparo e o consumo em um evento especial, aglomerando família e amigos. Isto, como se sabe, é impraticavel para a maioria das pessoas que vivem em grandes cidades.

Na capa do livro está estampada a idéia principal do livro: Coma comida. Não muito. Na maioria plantas.

Achei o livro de leitura muito agradável, sem enrolação. Sua forma de expôr a idéias é invejável, mesmo em entrevistas ele dá um show.

Li a versão em inglês, mas imagino que já tenha sido lançado em português no Brasil. Ele se soma a muita coisa que se tem desconfiado que anda errado nas recomendações de nutricionistas e médicos, de que quanto menos gordura melhor. Afinal, depois que se demonizou a carne, cada vez mais lemos notícias do aumento de pessoas obesas e com problemas de diabetes.

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